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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gestão Reprovada


Por Cristina Martins Silva*, da KeyAssociados 


A política de gestão do Ministério da Educação (MEC), em especial a relacionada aos cuidados com informações, tem sido alvo de diversas críticas nos últimos meses. Primeiro, devido às falhas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), agora em razão de problemas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Tantas evidências indicam que há algo errado ocorrendo e alertam para a necessidade de a instituição rever suas políticas de gestão e se adequar às necessidades de segurança atuais.

Os problemas recentes do órgão tiveram início em 2009, quando uma denúncia de vazamento das provas levou ao cancelamento do Enem. Na ocasião, o MEC só tomou conhecimento do ocorrido por meio da imprensa. O vazamento foi suficiente para derrubar o então presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep - instituição responsável pela aplicação da prova), Reynaldo Fernandes.

Em 2010, o Enem voltou a enfrentar problemas. Erros de impressão e montagem das provas e vazamento do tema da redação levantaram novas dúvidas sobre a viabilidade do exame e sobre a capacidade de gerenciamento do MEC. A situação ficou ainda pior no começo deste ano: dados cadastrais de 12 milhões de inscritos que participariam da prova ficaram expostos na internet por três horas. Tantos problemas derrubaram mais um presidente do Inep: José Joaquim Soares Neto pediu demissão do cargo, dando lugar para Malvina Tuttman.

Porém, os problemas não cessaram. Agora é a vez de o Sisu apresentar dificuldades. Estudantes alegam que seus dados foram acessados e até modificados por concorrentes. Além de terem acesso a telefones, e-mail, notas e número de inscrição de terceiros, muitos candidatos reclamaram que tiveram suas opções de curso alteradas entre a noite do dia 17 e manhã do dia 18 de janeiro. O Ministério nega que qualquer candidato tenha conseguido fazer alterações na inscrição de outros concorrentes, mudando instituições ou cursos escolhidos. Mesmo assim, muitos alunos provam seus argumentos apresentando imagens capturadas do site que comprovam as adulterações.

O excesso de reclamações levou o atual secretário-executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes, a admitir que houve falha no planejamento do Sisu 2011. De acordo com ele, a expansão do sistema - que aumentou a oferta de vagas em 73% de 2010 para 2011 - não foi levada em conta como deveria, na preparação do setor de informática responsável pelas inscrições. Entretanto, para ele, isso não é falta de planejamento. Paim argumentou que “existiu um planejamento que considerou o crescimento do processo, mas de modo insuficiente”.  Infelizmente, é óbvio que, se existiu um planejamento, ele foi falho e realizado de modo incompetente, evidenciando ainda mais a falta de gestão do órgão.

Outro problema apresentado pelo Sisu é a lentidão do sistema. Muitos estudantes enfrentam adversidades para realizar suas inscrições. Tantas dificuldades tornam óbvio que a capacidade do Sisu de receber as inscrições está aquém do ideal. A morosidade do sistema deveria ter sido prevista pelo MEC. Para se ter uma ideia, no ano passado, quase 4 milhões de candidatos se inscreveram no Enem para disputar 83 mil vagas em 83 universidades federais. Não é preciso ser especialista em TI para saber que os sistemas de internet têm de ser construídos com previsões adequadas na demanda. Agora o governo tenta correr atrás do prejuízo, adquirindo equipamentos para tentar melhorar a capacidade de atendimentos simultâneos do Sisu.

Entretanto, ações pontuais como demissões, melhorias nos equipamentos e tentativas de consertar falhas após os problemas terem ocorrido não resolvem a situação do MEC. É preciso que ele se adeéque para desempenhar seu papel dentro de uma nova cultura organizacional, com um ambiente que propicie o desenvolvimento, flexibilidade e agilidade dos processos. Tanto o Enem como o Sisu deveriam ser desenvolvidos a partir dessa premissa, pois obrigatoriamente deveriam ser totalmente confiáveis e acima de qualquer suspeita. Os processos organizacionais de ambos deveriam ser realizados dentro de parâmetros aceitáveis de desempenho e risco, garantindo o adequado uso dos recursos disponíveis. Porém, com tantas falhas ocorrendo, fica evidente que isso não acontece e que existe uma clara falta de planejamento e de gestão nas ações do Ministério.

Essas evidências de falta de controle dos processos verificadas no órgão, – vale dizer, comuns também em outras instituições públicas –, alertam para a necessidade de mudanças urgentes. Porém, isso não passa necessariamente por uma reestruturação do órgão. O que precisa ser feito é se estabelecer um modelo de gestão adequado e aplicar de modo competente suas premissas. Neste contexto, é necessário que o MEC busque utilizar as melhores práticas de mercado e referências normativas para oferecer serviços de qualidade para nós cidadãos. Simples assim, mas fundamental para que se tenham sistemas de seleção adequados para nossos estudantes.




http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=86604&edt=29





*Cristina Martins Silva
(cmartins@keyassociados.com.br) é gestora da Unidade de Negócios Qualidade da KEYASSOCIADOS e responsável pela assessoria organizacional na área de Processos e Tecnologia da Informação.



(envie você também o a sua sugestão, artigo, notícia, info. para brasilmelhorparapovo@gmail.com)

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Fato é que o MEC tem que ser reformulado, talvez até seja melhor extinguir o MEC.  Desde a grade curricular que deixa o aluno quadrado e bitolado, aonde as escolas treinam os "bois", "carneirinhos" a penas para passar no vestibular e logo os alunos acabam esquecendo tudo, fora que tem coisas que uns ou outros não vão usar nunca em sua vida.


É hora de repensar a educação no Brasil e repensar o Formatinho MEC de ensino. 

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