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domingo, 10 de outubro de 2010

Cuidado ao votar nulo, preste atenção


Sobre Farinhas do mesmo saco e de outros sacos


São todos iguais. Farinha do mesmo saco. É assim que o eleitor brasileiro, com freqüência, se refere aos políticos. Seriam todos uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Fazem promessas vãs. Eleitos, dão as costas ao eleitorado. Só se importam com os próprios interesses. E roubam, roubam. Se são todos iguais, como escolher entre um e outro? Como decidir em quem votar? Aliás, para que votar? A crença no “são todos iguais”, muito partilhada no Brasil, é na verdade uma das principais responsáveis pelo mau funcionamento da democracia no país.(...)
(...) Ora, acreditar que os políticos são iguais é, ao mesmo tempo, uma impossibilidade lógica e uma renúncia de direitos. Impossibilidade lógica porque nunca duas pessoas, mesmo que profissionais da mesma atividade, ou membros da mesma corporação, são iguais. Os advogados não são todos iguais, nem os pedreiros, nem os bandidos. É uma renúncia de direitos porque o cidadão que assim pensa mentalmente rasga o título de eleitor. Se é tudo igual, para que votar? O cidadão em geral acredita que os políticos são iguais de boa-fé, mas com isso acaba fazendo o jogo dos piores. São eles os principais interessados em que se acredite que “é tudo farinha do mesmo saco”

Toledo, Roberto Pompeu de. Sobre farinhas do mesmo e de outros sacos. Veja, SP, n.14, 07 de abril de 1999.p.150




*Não anule o seu voto, não se isente de uma responsabilidade que também é sua.  Discordando do Tiririca eu digo, pior do que está fica, por isso se não enchegares um candidato bom, vote no menos pior, porque pior do que está fica sim!

6 comentários:

  1. Eu concordo que as pessoas tem uma visão muito pequena sobre política e que nem todos os políticos são iguais, temos o exemplo da Marina Silva, Cristovam Buarque, Bolsonaro.
    Mas, em todo caso, o que as pessoas não sabem também, é que se 50% + 1 dos votos forem nulos, a eleição é também anulada. Isso mostra, não uma falta de compromisso, mas, sim a insatisfação com qualquer candidato que esteja concorrendo.
    É o que está acontecendo comigo nesse Segundo turno...

    Ou votamos em quem não acreditamos para evitar o pior, ou anulamos para dar nossa opinião de insatisfação com quaisquer um dos dois que estão concorrendo. O que se faz numa situação dessas?

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  2. Lais Carla,


    Tudo bem você estar insatisfeita, eu também estou. Mas um dos dois Serra ou Dilma vão ser eleito pelo povo. Não vai adiantar você votar nulo. Mas supondo que fosse viavel esses 50% +1 voto para a opção de anular o voto, seriam convocadas novas eleições e com o quadro político que temos não adiantaria muita coisa.

    Mas ao meu entender, e é o que se expressa nesse artigo, votar nulo é se isentar de uma responsabilidade que também é sua. Se não tem o melhor candidato, vote no menos pior, porque diferente do que o Tiririca diz, Pior do que tá fica sim!

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  3. Eu sei da situação do país quanto ao quadro político e, sei também, que pensar na anulação das eleições é um tanto quanto utópico.
    Na verdade, estou muito propensa a teoria de que no Segundo turno temos que votar para evitar o pior. E, talvez seja isso mesma que eu faça na hora de votar.Embora eu me sinta infeliz ao fazer isso.

    A única coisa que defendo, é que é um direito de cada eleitor, votar sim NULO. Como é direito votar em quem quiser, como por exemplo em corruptos ou em pessoas sem passado inventada por um governo populista, infelizmente.

    Claro que existe uma grande diferença entre votar nulo pensando que todos os políticos são iguais (pois, de fato é impossível) e anular seu voto conscientemente, por uma falta de crença nos valores impostos pelos candidatos.

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  4. boa noite a todos escelente blog venha participa do blog do (jefersonaraujosouza) obg

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  5. Olá, compartilho muito com a Thaís. Quem está lá, deixamos chegar, isso não nos obriga aceitar que fiquem. Entretanto, o nulo mesmo podendo ser fator de mudança não apresenta participação política da sociedade para tal. Enfim, desconstruir é sempre resignificar.

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