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domingo, 30 de janeiro de 2011

Entendendo Comunismo, Socialismo e Capitalismo - parte II


(Artigo escrito com a colaboração de um grande brasileiro - Silvio Bellbute, especialista em desenvolvimento de território



Como vimos na postagem anterior, tais ideologias surgem primeiro com a crise do feudalismo e inicio do capitalismo, com o crescimento da burguesia que num primeiro momento se alia à monarquia, represando as revoltas camponesas.

Mas as tensões entre nobres e burgueses aumentam, em função da carga de impostos. Ao mesmo tempo, o crescente comércio passa a empregar mão-de-obra camponesa em suas oficinas.

O papel da burguesia no desenvolvimento econômico é cada vez maior, mas ainda presos aos humores monárquicos.

A burguesia passa a defender maior liberdade e a criticar as Monarquias Absolutistas. Inicia-se no século XVII a série de Revoluções Burguesas: as Revoluções Inglesas (Puritana e Gloriosa), a Independência dos Estados Unidos, e Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Mas o capitalismo não oferece soluções aos crescentes problemas sociais: êxodo rural, inchaço e favelização das cidades; inexistência de direitos trabalhistas; baixa remuneração, etc.

Inspirados nos ideais Iluministas surgem os pensamentos econômicos fisiocratas e liberais. Ambos defendem o fim da intervenção do estado, criticam o mercantilismo e o pacto colonial que favorecia a burguesia. Para os fisiocratas a fonte de riqueza era a terra, enquanto para os liberais era o trabalho.

Nasce ai o capitalismo liberal, tendo Adam Smith como seu maior representante, defendendo a concorrência, a liberdade comercial e a divisão do trabalho.

É importante neste ponto dizer o seguinte: Adam Smith e Karl Marx não foram contemporâneos, viveram momentos históricos distintos: Adam Smith de 1723 a 1790 e Marx de 1818 a 1883.

Com a Revolução Industrial, iniciada em meados do Século XVIII, o capitalismo se firma como sistema econômico.

Neste contexto é que os trabalhadores buscam se organizar e somente em 1864 é que fundam a Associação Internacional dos Trabalhadores, impregnada, principalmente, pelas idéias de Marx e Mikhail Bakunin. Era o inicio da luta contra o capitalismo. Este encontro também é conhecido como a I Internacional Socialista. Mas em função das divergências entre as correntes marxistas e anarquistas (de Bakunin), a I Internacional dividiu-se em duas correntes: a libertária (que propunha a livre organização dos trabalhadores) e a autoritária (cuja proposta era de que as organizações trabalhistas deveriam se submeter as ordens de um Comitê Geral). Bakuni é duramente atacado por Marx e acaba expulso.

Exilado em Bruxelas, com apoio de seu fiel amigo Engels, Marx publica suas teorias. Juntos redigem o "Manifesto Comunista". Mais tarde, não conseguindo autorização do governo Francês para fixar residência em Paris, segue para Londres. E é ai que escreve sua grande obra "O Capital".
Em nenhum de seus textos se observa a pregação de uma revolução por parte de Marx. Suas obras são muito mais analíticas, críticas à sociedade capitalista. Mas é com base nas teorias marxistas, que são realizadas as chamadas revoluções comunistas.
As teorias marxistas foram distorcidas e equivocadamente interpretadas (para atender aos seus propósitos). Com base numa destas "releituras" que Lenin lidera a Revolução de Outubro de 1917, implantando o socialismo na Rússia.

É importante notar que todos os países que promoveram revoluções ditas comunistas, redundaram em ditaduras socialistas.


Ao contrário, em todos os países democráticos e livres, há variantes do capitalismo, liberalismo.

Ou seja, se o capitalismo ainda não conseguiu solucionar todos os problemas das sociedades, se mantém e se reformula constantemente num ambiente de liberdade e democracia.

Já as tentativas "comunistas" redundaram em grande fracasso, tanto na resolução dos problemas sociais, quanto em relação as liberdades individuais.



 


 


 

 
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